
Técnico de australiano espera ver campeonatos mais equilibrados após proibição
O anúncio da Federação Internacional de Natação (Fina) sobre o veto aos supermaiôs foi comemorado especialmente por um nadador. O australiano Eamon Sullivan pode voltar a ser o atual recordista mundial nos 50m e nos 100m livre caso a entidade decida anular os resultados dos franceses Frederick Bousquet e Alain Bernard, obtidos com trajes proibidos.
Sullivan viu suas duas marcas caírem durante a mesma competição: o Campeonato Nacional Francês. Campeão olímpico nos 100m livre, Alain Bernard derrubou o recorde do australiano (47s05) ao nadar em 46s94. Três dias depois, Frederick Bousquet, que não conseguiu sequer uma vaga nos Jogos de Pequim, surpreendeu ao se tornar o homem mais rápido do mundo com o tempo de 20s94. Sullivan detinha o posto com 21s28.
O técnico de Sullivan, Grant Stoelwinder, admitiu que o nadador está aliviado e feliz pelo anúncio da Fina, principalmente pela chance de disputar campeonatos mais equilibrados daqui para frente.
- Falei com ele (Sullivan) nesta manhã, e nós dois estamos absolutamente felizes com o anúncio. Eu estava um pouco nervoso sobre o nível de evolução nos campeonatos mundiais. Você pensa: "Será que o LZR Racer (modelo que Sullivan e a campeã olímpica nos 100m borboleta e 4x100m medley Libby Trickett utilizam) foi superado tecnologicamente? Era sempre uma preocupação...Eles poderiam estar competindo com pessoas que tinham tecnologia avançada em seus maiôs. Você não quer sair atrás antes de cair na piscina - afirmou, em entrevista ao jornal australiano "The Age".
De acordo com a Fina, 348 trajes de 21 fábricas foram analisados no Instituto de Tecnologia e Ciência da Suíça. Destes, 202 foram aprovados. Dezessete empresas tiveram seus maiôs reprovados ou parte deles. A entidade fará uma nova reunião para decidir sobre os recordes batidos com trajes proibidos em data a ser anunciada.
