Luiz Adriano e Jadson marcam na vitória por 2 a 1 sobre o Werder Bremen, conseguida apenas na prorrogação (1 a 1 no tempo normal)


Agência/Reuters
Jadson (8) corre para o abraço após fazer o gol do título do Shakhtar Donetsk

O futebol brasileiro roubou a cena na final da Copa da Uefa , e o clube ucraniano Shakhtar Donetsk se sagrou, pela primeira vez em sua história, campeão de uma competição continental europeia. O time derrotou o alemão Werder Bremen na prorrogação, pelo placar de 2 a 1 (1 a 1 no tempo normal). Luiz Adriano (ex-Internacional) abriu o placar pelo Shakhtar, o também brasileiro Naldo (ex-Juventude) empatou e, no tempo extra, Jadson (ex-Atlético-PR) fez o gol do título.

A partida, disputada no estádio Sükrü Saraçoglu, em Istambul, teve, além dos autores dos gols, outros três brasileiros: Fernandinho (ex-Atlético-PR), Willian (ex-Corinthians) e Ilsinho (ex-Palmeiras e São Paulo), pelo time ucraniano. O meia Diego, principal jogador do Werder, não atuou porque estava suspenso. Marcelo Moreno, que tem dupla nacionalidade (boliviana e brasileira), ficou no banco pelo Shakhtar.

Esta foi a última edição da Copa da Uefa no atual formato. O segundo torneio de clubes em importância do futebol do Velho Continente vai passar a se chamar Liga da Europa a partir da próxima temporada. O modelo será semelhante ao da Liga dos Campeões, principal competição europeia.

Seis brasileiros titulares na final

O Shakhtar mandou a campo uma equipe com cinco jogadores brasileiros entre os titulares. Com o volante Huebschman suspenso, Fernandinho jogou mais recuado e Willian compôs a meia esquerda. Ilsinho, aberto pela direita, e Jadson, como homem de ligação, completaram o setor, com Luiz Adriano atuando de centroavante.


Agência/Reuters
Luiz Adriano comemora o primeiro do Shakhtar

No lado do Werder, Niemeyer foi o substituto do suspenso Diego. O zagueiro Naldo teve Prödl como companheiro, uma vez que Mertesacker, machucado, não jogou. No ataque, Rosenberg fez a dupla com Pizarro (o português Hugo Almeida estava suspenso).

Logo no início, o Shakhtar por pouco não abriu o placar. Luiz Adriano recebeu livre na entrada da área e bateu rasteiro. A bola saiu rente à trave direita do goleiro Wiese.

O domínio inicial do Shakhtar perdurou por alguns minutos, mas aos poucos o Werder equilibrou as ações. Apesar de não ameaçar muito o goleiro Pyatov, o time alemão passou a ter mais posse de bola.

Luiz Adriano faz belo gol

Quando o Werder enfim começou a gostar do jogo, o Shakhtar abriu o placar, aos 25. Rat fez lançamento do campo defensivo do time ucraniano, a bola passou por Jadson e chegou a Luiz Adriano. Com um toque, o brasileiro se livrou de Naldo e Prödl, passando pelo meio dos zagueiros, e saiu na cara de Wiese. Com muita categoria, o camisa 17 deu uma cavadinha na bola, que passou por cima do goleiro, que saía do gol. A bola foi mansamente para o fundo da rede.

O gol fez bem ao time do Shakhtar, que seguiu pressionando. Willian teve a chance de ampliar, em lance pelo lado esquerdo, mas bateu fraco, nas mãos do goleiro.

Goleiro falha, e Naldo deixa tudo igual

Agência/AFP
Naldo marca de falta o gol do Werder

Aos 35, entretanto, o Werder empatou numa falha do goleiro rival. Em cobrança de falta da intermediária, Naldo soltou a bomba em cima de Pyatov. O ucraniano pôs a mão mole e acabou vendo a bola morrer dentro do gol.

Com o placar empatado, o Werder se empolgou e por pouco não virou, em cabeçada de Pizarro que foi para fora. Mas o Shakhtar se recompôs ainda antes do intervalo. Lewandowski, em bomba de fora da área, obrigou Wiese a fazer grande defesa.

No segundo tempo, o Shakhtar voltou um pouco melhor, procurando mais o ataque. A equipe procurou o gol e incomodou muito pelo lado esquerdo, com o lateral Rat e Willian. No meio da área, Luiz Adriano teve uma boa chance, mas foi travado na hora do chute.

Retraído, o Werder praticamente só ameaçou em jogadas de bola parada. A partida ficou ríspida, com jogadas violentas de ambas equipes, mas a arbitragem economizou muito nos cartões amarelos.

Agência/AFP
Antes do jogo, o suspenso Diego fazia sinal de positivo. No fim, o Werder perdeu

A 12 minutos do fim, o Werder esteve perto de marcar. Depois de cobrança de falta levantada na área, Pizarro meteu a cabeça e obrigou Pyatov a fazer grande defesa. A partir daí, o Shakhtar teve mais a bola nos pés, mas não conseguiu concluir a gol. O tempo normal terminou mesmo 1 a 1.

Jadson decide a parada

Na prorrogação, o panorama seguiu parecido com o do fim do tempo normal. O Shakhtar mais com a bola, e o Werder aguardando contragolpes. Aos sete minutos, o time ucraniano conseguiu ficar novamente em vantagem. O lateral Srna foi ao fundo e cruzou rasteiro para a área. O chute do croata encontrou Jadson livre, perto da marca do pênalti. O brasileiro emendou de primeira e o goleiro Wiese ainda tocou na bola, mas a bola entrou.

O Werder respondeu logo no lance seguinte, com Pizarro. O peruano recebeu na área e soltou a bomba. O goleiro Pyatov fez grande defesa e se redimiu de vez da falha no gol de Naldo.

No segundo tempo da prorrogação, o Werder se soltou em busca do gol do empate. Na base do abafa, o time chegou a assustar em chute de Tziolis. A dois minutos do fim, o Werder teve um gol anulado. Após cabeçada de Prödl, Pizarro fez falta em Chygrynskiy e, apesar de a bola ter entrado direto, a arbitragem parou o lance. Foi o último suspiro do Werder.