Fenômeno lembra que Série B o deixou desconfiado. No entanto, aposta que manutenção da equipe vai trazer importantes conquistas ao clube
Ronaldo pode atingir nesta quarta-feira a ótima média de dois títulos em duas competições disputadas pelo Corinthians. Mais do que as vitórias, o Fenômeno encontrou no Parque São Jorge um grupo que o recebeu de braços abertos e corre em dobro para que ele faça os gols necessários. Mas nem sempre foi assim. Pela primeira vez, o Fenômeno admite que desconfiou da qualidade do elenco quando assinou o contrato e que está surpreso com os números obtidos.

- Não esperava que as coisas fossem assim tão maravilhosas como estão sendo. Não sabia como era o time do Corinthians. Tinha visto poucas vezes na Série B. Era uma equipe bem montada, mas ficava com uma certa desconfiança por estar na Série B – afirmou.

O Fenômeno, porém, mudou de opinião com o rendimento do Corinthians no Campeonato Paulista. O Timão provou que poderia enfrentar os maiores rivais em igualdade de condições, superou todos e, de quebra, ainda levantou a taça de forma invicta ao bater o Santos na final.
- Vi que nosso time pode decidir o jogo a qualquer momento, tem segurança na defesa e uma pegada muito forte. Se a diretoria conseguir manter por algum tempo, esse time vai dar muitas alegrias à torcida corintiana – acrescentou.

Ronaldo vive em 2009 algo semelhante com o que passou em 2002, quando foi fundamental na conquista do pentacampeonato. Motivo para destacar as semelhanças dos trabalhos de Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari, que bancou o retorno dele à seleção após mais uma operação no joelho.

- São grandes homens, que se entregam ao máximo para conquistarem seus objetivos. O Mano é muito parecido com o Felipão. São da mesma escola, dois líderes carismáticos e comandantes que dão muita liberdade aos jogadores. Ambos têm uma comunicação com um linguajar mais moderno, mais popular – completou.

Segundo o diário "AS", acordo da equipe italiana com o bicampeão mundial teria validade de cinco anos
O espanhol Fernando Alonso pode ser anunciado como novo piloto da Ferrari no dia 11 de setembro, durante os treinos para o GP de Monza, na Itália. De acordo com o jornal "AS", o acordo teria validade de cinco anos e, inclusive, haveria uma festa no fim do ano em Valência, na Espanha, para receber o piloto bicampeão mundial, que tem contrato até 31 de dezembro desse ano com a Renault.

Segundo a publicação, a Ferrari ainda não sabe qual piloto seria o companheiro do asturiano. Um dos dois atuais competidores, Felipe Massa ou Kimi Raikkonen, deve ser preterido pelo grupo liderado por Stefano Domenicali. Eles têm contrato em vigor com a equipe de Maranello até 2010 e tanto o brasileiro quanto o finlandês teriam de receber suas multas rescisórias, que não devem ser baixas.

Um dos destaques desta temporada, Sebastian Vettel também tem seu nome envolvido na equipe italiana. Ele seria uma opção para 2011, quando estaria livre do seu contrato com a RBR. Além disso, a Ferrari pretende esperar para que o jovem alemão ganhe mais experiência. Em sua segunda temporada como piloto titular, Vettel já venceu três corridas na carreira, duas neste ano, e ocupa a terceira colocação no campeonato mundial de pilotos, no momento.

Jogadores dizem que é preciso aprender com os erros na Copa na Alemanha, e Kaká pede preparação igual à da Copa das Confederações

Há três anos, o Brasil chegou à Copa do Mundo na Alemanha com status de favorito, depois de conquistar a Copa das Confederações, no mesmo país, e ficar em primeiro lugar nas eliminatórias sul-americanas. Voltou para casa cedo, com derrota nas quartas-de-final e uma série de explicações para o desempenho ruim.

A história vai se repetindo. A equipe de Dunga chegou da África do Sul com o troféu da Copa das Confederações e está em primeiro lugar nas eliminatórias, com a classificação bem encaminhada.

O meia Kaká - um dos sete jogadores que foram campeões no domingo e viveram a decepção em 2006 - é direto ao responder sobre as lições deixadas pelo Mundial na Alemanha. Para ele, os treinos de preparação foram "muito confusos".

- Houve muita euforia, e isso atrapalhou. Temos que repetir a preparação que fizemos aqui na África do Sul, que foi muito legal. Sempre que o Brasil tem tempo para trabalhar, o resultado aparece, mas é preciso controlar o otimismo exagerado - analisou, na África, o jogador do Real Madrid.

O perigo vem do alto, mas também pode vir na bola parada. Os jogadores do Cruzeiroestão atentos com jogadas fortes do Grêmio. Nesta quinta-feira, no segundo jogo da semifinal da Libertadores, em Porto Alegre, dois jogadores serão observados de perto pelos cruzeirenses. Os meias Tcheco e Souza, destaques do Tricolor, são considerados peças fundamentais no sistema de jogo dos gaúchos. Sendo assim, todo cuidado é pouco, como alerta o lateral-esquerdo Gerson Magrão.

- Nós temos que tomar cuidado com o Souza. É muito habilidoso e arma jogadas. O Tcheco é bom na bola parada – explicou.

O atacante Thiago Ribeiro conhece bem o meia Souza. Eles jogaram juntos no São Paulo. Rivais nesta quinta, o jogador da Raposa ressalta que é preciso concentração durante toda a partida.

- A jogada de bola parada sempre preocupa, ainda mais com uma equipe que usa isso como o Grêmio. Temos que ter atenção redobrada para não sermos surpreendidos. Fomos bem no Mineirão, mas acabamos sofrendo o gol do Souza. Temos que ter atenção, pois detalhes podem fazer a diferença – alertou.

Como venceu por 3 a 1 em Belo Horizonte, o Cruzeiro pode até perder por 1 a 0 no Olímpico. Derrota por dois gols de diferença a partir de 4 a 2 também garante os mineiros na final. A repetição do placar do jogo de ida a favor dos gaúchos leva aos pênaltis.

Craque brasileiro foi exaltado pelo médico do clube merengue Carlos Diez: 'Suas condições são perfeitas para praticar futebol no mais alto nível'

Kaká já realizou nesta terça-feira os exames médicos em seu novo clube. No Hospital Sanitas Moraleja, o craque foi submetido a um exame físico e radiológicos, bem como um estudo biomecânico específico. De acordo com o departamento médico do Real Madrid, o craque brasileiro é um exemplo de jogador com excelente estado clínico e suas condições são perfeitas para praticar futebol no mais alto nível. A apresentação do meio-campo como jogador do Real Madrid será às 20h30m (15h30m horário de Brasília). É esperado também um grande número de torcedores nas arquibancadas do Santiago Bernabéu. Uma das expectativas na apresentação é o número que ele usará, que segue em segredo

Jornal lembra que o jogo contra o Brasil ganhou muita importância no país após a 'deslumbrante' vitória sobre a temida Espanha


Agência/Getty Images
Capitão Lúcio ergue a taça para o Brasil

O "soccer" concorreu com o basebol, o futebol americano e o basquete na imprensa dos EUA nesta segunda. Os jornais deram destaque ao jogo decisivo da Copa das Confederações, entre Brasil e EUA, sábado, na África do Sul, quando os brasileiros venceram por 3 a 2 de virada e ficaram com o título da competição. O "New York Times" disse que os americanos já conseguem desafiar as superpotências, mas ainda precisam ganhar um importante torneio internacional para ratificar sua evolução.

A publicação lamentou que esta chance tenha sido desperdiçada neste domingo, já que a seleção americana foi para o intervalo da partida com o 2 a 0 no placar. No segundo tempo, de acordo com o jornal, os EUA aprenderam uma dura lição sobre a diferença entre as melhores equipes do mundo e as aspirantes. A qualidade individual os jogadores do Brasil, "uma nação sinônimo de futebol", foi destacada.

Os americanos disseram que restou aos jogadores observarem desconsolados os brasileiros levantarem a taça, que talvez seja a mais importante depois da Copa do Mundo e da Eurocopa.

O técnico Bob Bradley afirmou que a perda do título após a vantagem criada decepcionou, mas sabe que a equipe mostrou que está em franca evolução.

- É um misto de desapontamento e de grande orgulho. Nós sabemos que estamos fazendo progresso. Nós aprendemos com jogos como esse, mas isso não faz ser mais fácil na hora de dormir - disse.

O "New York Times" destacou a importância que a final tomou para os americanos após a "deslumbrante" vitória sobre a Espanha na semifinal. O presidente da Associação Americana de Futebol lembrou que não se pode colocar um peso muito grande sobre esta derrota, já que do outro lado estava o poderoso Brasil.

- Quando você está jogando pelo título contra um adversário que é considerado normalmente como o melhor do mundo nos últimos 75 anos, é uma grande chance de atrair pessoas nos Estados Unidos para fazerem parte de um jogo internacional - afirmou.

Técnico revela conversa que teve com jogadores durante o intervalo da decisão com os Estados Unidos

Agência/Reuters
Dunga elogiou empenho da seleção

Luis Fabiano era uma aposta de Dunga. Apesar de contestado por alguns, o centroavante foi bancado pelo treinador e correspondeu às expectativas na Copa das Confederações. Com cinco gols, sendo dois na final, terminou como artilheiro do torneio. Para Dunga, prova de que ele merece continuar vestindo a camisa 9 da seleção.

- Já ouvi algumas pessoas dizendo que o Luis Fabiano faz gol, mas não é bom para a seleção. Na minha maneira de ver futebol, centroavante bom é aquele que faz gol. E ele faz. Uma vez estávamos fazendo um treino de dois toques e alguns jogadores chegavam na cara do gol e tocavam de lado. Ele, não. Ia lá e fazia o gol, porque tem fome de gol. Por isso que decidi colocá-lo no time - completou.


Dunga também explicou a conversa que teve com seus jogadores no intervalo do jogo. Depois de sair derrotado por 2 a 0 no primeiro tempo, o Brasil conseguiu virar para 3 a 2 .

- Estávamos bem no jogo. Corrigi alguns posicionamentos e colocamos nossa equipe para pressionar o adversário. Conseguimos um gol logo no início do segundo tempo e tivemos paciência para continuar com nossa proposta de jogo, sem tentar entrar pelo meio - analisou o técnico.

Dunga valorizou também o empenho de seus jogadores.

- Como toda a final, esta foi muito dura. Recuperar um 2 a 0 só é possível quando você tem uma equipe de homens, comprometida, que busca sempre fazer o melhor - elogiou.

Seleção conquista a Copa das Confederações depois de começar com desvantagem de dois gols. Luís Fabiano (dois) e Lúcio garantem o vira-vira



Se o lema dos americanos era “Yes, we can” (“Sim, nós podemos), imortalizado pelo presidente Barack Obama, a seleção de Dunga mostrou que é brasileira e não desiste nunca. Após sair perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo, virou na etapa final e conquistou neste domingo a Copa das Confederações pela terceira vez na história (ganhou também em 1997 e 2005) com a vitória de 3 a 2 sobre os Estados Unidos no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.

A temperatura na África do Sul marcava 7ºC, com sensação térmica de 2ºC. Frio, assim como será na Copa do Mundo de 2010. Mas uma final quente, movimentada, e que os sul-africanos esperam ver novamente no ano que vem. No primeiro tempo, dois gols americanos: Dempsey e Donovan. Na etapa final, três gols brasileiros: dois de Luís Fabiano, artilheiro do torneio com cinco, e um de Lúcio, que pela primeira vez levantou a taça como capitão do Brasil.

Agência/AFP
Jogadores brasileiros comemoram título da Copa das Confederações


Poderia ter tido mais, caso o bandeirinha Henrik Andren tivesse marcado um de Kaká, também após o intervalo: a bola cruzou a linha antes de o goleiro Howard pegar, mas o auxiliar não viu e o árbitro sueco Martin Hansson mandou o lance seguir.

Com o título, o Brasil passa a ser o maior campeão nas duas competições oficiais da Fifa de futebol profissional: cinco Copas do Mundo e três Copa das Confederações (a França tem duas conquistas).

Em 45 jogos com o técnico Dunga, são 31 vitórias, 10 empates e apenas quatro derrotas. Com os dois gols deste domingo, Luís Fabiano virou o artilheiro da era Dunga, com 16, um a mais que Robinho.

Campeões das Copas das Confederações anteriores
Ano / Local Campeão Vice 3º Lugar
1992 / Arábia Saudita Argentina Arábia Saudita EUA
1995 / Arábia Saudita Dinamarca Argentina México
1997 / Arábia Saudita Brasil Austrália República Tcheca
1999 / México México Brasil EUA
2001 / Japão - Coréia do Sul França Japão Austrália
2003 / França França Camarões Turquia
2005 / Alemanha Brasil Argentina Alemanha

Nos primeiros 45 minutos, o Brasil teve 59% do controle da bola. Mas foram os Estados Unidos que conseguiram tudo que o time de Dunga queria: um gol no início e outro no meio do tempo, apostando nos contra-ataques, para ficar com tranquilidade na partida.

EUA largam na frente

Agência/Reuters
Dempsey vibra após abrir o placar

O time canarinho deu dez chutes a gol. Nenhum entrou. Os americanos deram quatro, dois no fundo das redes de Julio César. A seleção treinada por Bob Bradley abriu o placar aos dez minutos: Spector cruzou da direita, Dempsey pegou meio sem jeito de primeira, o suficiente para enganar o boleiro brasileiro e fazer 1 a 0.

O Brasil teve boa chance para empatar aos 12. Kaká deu belo drible de corpo em DeMerit e achou Robinho sozinho na esquerda, o camisa 11 avançou e bateu forte, mas Howard salvou. Foi a primeira das cinco defesas do goleiro americano na etapa inicial. O americano é o arqueiro que mais defendeu bolas na Copa das Confederações.

Os EUA responderam dois minutos depois, em duas cobranças de escanteios perigosas. Com a vantagem no placar, o time americano se fechava quando o Brasil atacava com 11 jogadores da intermediária para trás. A solução do time de Dunga era fazer cruzamentos, facilmente cortados pela defesa.

Aos 24, Felipe Melo arriscou de longe e Howard voltou a defender. Aos 25, Kaká tocou de calcanhar para Maicon pela direita e o lateral bateu cruzado, forte, mas o goleiro salvou de novo. E foi de Maicon o erro que originou o segundo gol americano. Aos 26, o camisa 2 saiu jogando errado no ataque, os Estados Unidos saíram rapidamente no contra-ataque com Donovan. O camisa 10 tocou na esquerda para Davies, que devolveu para Donovan driblar Ramires e bater sem chances para Julio César.

Gol relâmpago no segundo tempo dá esperança ao Brasil

Agência/Reuters
Kaká é puxado pela camisa. Craque foi eleito o melhor em campo pela Fifa

Perdendo por 2 a 0, o Brasil continuava com maior posse de bola e arriscava de todas as maneiras. Robinho chutou de fora da área, Howard salvou. André Santos tentou dentro da área, Howard salvou. Luís Fabiano mandou de cabeça, a bola foi para fora.

No segundo tempo, foi a vez do time de Dunga marcar logo. E põe logo nisso. No primeiro minuto, Maicon cruzou da direita, Luís Fabiano dominou, virou em cima de DeMerit e bateu bem, finalmente furando o bloqueio de Howard: 2 a 1 para os EUA. O Fabuloso chegou a quatro gols e virou o artilheiro isolado da Copa das Confederações.

O Brasil passou a pressionar atrás do empate. Aos 12, Lúcio tocou de cabeça e Howard salvou. Dois minutos depois, o lance mais polêmico da partida. Após cruzamento da esquerda, Kaká cabeceou e o goleiro americano tirou quando a bola já havia cruzado a linha. O árbitro sueco Martin Hansson e o bandeirinha Henrik Andren não deram o gol.

Nos contra-ataques, os americanos voltaram a assustar o time de Dunga. Primeiro, Donovan chutou de fora, Julio César pegou. Em seguida, foi a vez de Dempsey bater forte para defesa do goleiro brasileiro.

Daniel Alves volta a entrar na lateral esquerda

Dunga mexeu na seleção e colocou Daniel Alves e Elano em campo, nos lugares de André Santos e Ramires. O Brasil ficou mais veloz. Mas Howard continuava inspirado: aos 25, Elano achou Luís Fabiano entre a zaga, o artilheiro invadiu a área e o goleiro americano chegou junto para evitar o empate.

Aos 29, Kaká caiu para a esquerda e Robinho pela direita. Deu certo. O novo craque do Real cruzou, o camisa 11 ficou sozinho na área e acertou o travessão, no rebote Luís Fabiano marcou e empatou a partida: 2 a 2. O quinto do artilheiro do torneio, alcançado a média desejada de um por jogo.

Lúcio decide a parada

Os americanos acusaram o golpe e o Brasil foi com tudo em busca da virada. Após blitz na área, Robinho recebeu na meia-lua, cortou para a direta e soltou uma bomba que saiu raspando o travessão de Howard.

Aos 39 minutos, o Brasil chegou à virada. Elano bateu escanteio da direita e Lúcio subiu no segundo pau para testar firme, sem chances para Howard. Muita festa dos brasileiros, que esperaram pelo apito final e comemoraram o título em Joanesburgo.

Ficha técnica:

ESTADOS UNIDOS 2 x 3 BRASIL
Howard, Spector, Onyewu, Demerit e Bocanegra; Clark, Feilhaber (Kljestan), Dempsey e Donovan; Altidore (Bornstein) e Davies. Julio César, Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos (Daniel Alves); Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires (Elano) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Técnico: Bob Bradley. Técnico: Dunga.
Gols: Dempsey, aos 10, e Donovan, aos 27 minutos do primeiro tempo; Luis Fabiano, a 1 minuto e aos 29, e Lúcio, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bocanegra (EUA), André Santos, Lúcio e Felipe Melo (BRA). Cartão vermelho: -.
Estádio: Ellis Park, Joanesburgo. Data: 28/06/2009. Árbitro: Martin Hansson (SUE). Auxiliares: Henrik Andren (SUE) e Fredrik Nilsson (SUE).
Público presente: 52.291 pessoas

Empurrado por quase 16 mil torcedores na Arena da Barra, Rubro-Negro chega ao topo após atravessar um longo caminho marcado pela superação

Não foram poucos os problemas que bombardearam o Flamengo ao longo do caminho: salários atrasados, conflitos políticos no clube e dificuldades até para conseguir um teto. A resposta é que sempre foi uma só: a bola. Para fechar de forma gloriosa uma temporada marcada pela superação, o Rubro-Negro derrotou o Brasília na manhã deste domingo, por 76 a 68, e levantou a taça do Novo Basquete Brasil diante de quase 16 mil torcedores apaixonados.

André Durão /GLOBOESPORTE.COM
Após cinco meses de campeonato, os jogadores do Flamengo festejam o título do Novo Basquete Brasil

O título do NBB é o ponto de exclamação em uma trajetória que inclui ainda o Estadual do Rio e a Liga Sul-Americana, conquistada em março, no auge da crise financeira. Ao longo da estrada, os percalços foram driblados dentro e fora da quadra. Com os salários de volta ao ritmo normal, a equipe celebra também o sucesso do novo lar, a Arena da Barra, que vivenciou neste domingo uma euforia como não se via desde 2007, nos Jogos Pan-Americanos.


O personagem que une o Pan e o NBB é Marcelinho Machado, que estava no ginásio há dois anos, pela seleção, e agora embolsa o segundo título nacional seguido com a camisa do Flamengo. Cestinha do campeonato, ele é o símbolo de um elenco reforçado por Baby e Jefferson, que se uniram este ano a Hélio, Duda, Fred, Coloneze, Wagner, Fernando Mineiro e outros nomes liderados pelo técnico Paulo Chupeta.

A exemplo do que aconteceu várias vezes durante o ano, Marcelinho foi o cestinha do jogo 5, com 27 pontos. Jefferson anotou 16, e Duda, 15. Pelo lado do Brasília, o reserva Diego comandou o ataque com 21 pontos. Valtinho marcou 15, e Alex contribuiu com 14.

Briga e expulsões logo no início

A partida começou com o Brasília errando muito e o Flamengo abrindo 4 a 0. Com dois minutos de ação, o tumulto. Cipriano fez falta em Marcelinho, e Baby foi tomar as dores do companheiro. O empurra-empurra quase descambou para a pancadaria, e a arbitragem teve muito trabalho.

Cipriano e Baby foram expulsos (confira no vídeo), mas demoraram quase 15 minutos para deixar a quadra. Após muito bate-boca entre jogadores, árbitros e técnicos, a partida recomeçou, e aí foi a torcida que tratou de incendiar o ginásio, festejando a cesta de três de Jefferson, que abriu 7 a 0 para o Rubro-Negro.

Quando parecia que o Fla ia deslanchar, Valtinho botou a bola embaixo do braço e comandou a reação dos visitantes. Entre cestas e passes do armador, o Brasília empatou o placar e equilibrou as ações até o fim do primeiro quarto, que acabou em 19 a 17 para o time da casa.

No segundo período, o Flamengo voltou melhor e novamente emplacou uma sequência de 7 a 0, até Diego descontar com uma cesta de três. Sem a marcação de Alex, que já tinha três faltas, Marcelinho brilhou. Comandado pelo ala, o Rubro-Negro chegou a abrir 11 pontos, mas foi para o intervalo perdendo por seis.

André Durão /GLOBOESPORTE.COM

Duda vibra durante a partida: o armador anotou 15 pontos para o Fla neste domingo

Na volta do vestiário, os visitantes apertaram o placar, impulsionados pelos chutes certeiros de Diego. Alex cometeu sua quarta falta, mas Lula Ferreira o manteve em quadra, mesmo pendurado. A vantagem do Fla subiu de novo para seis com uma cesta de Marcelinho, que tinha feito 18 pontos no primeiro tempo, mas levou nove minutos para marcar no terceiro quarto. Na virada para o último período, o placar era de 57 a 51.

Apesar de Rocky Balboa na trilha sonora da Arena, os ânimos já tinham se acalmado àquela altura. Voltaram a ficar à flor da pele na reta final, quando Fred e Alex quase partiram para a briga. O Flamengo teve dificuldades para abrir vantagem até os últimos minutos. Empurrado pela torcida, que cantava sem parar, a equipe da casa controlou o placar e garantiu o título. Domingo de festa em vermelho e preto no Rio de Janeiro.

André Durão /GLOBOESPORTE.COM
Festa na Arena: o capitão Marcelinho levanta a taça e encerra com título a temporada do Flamengo

Jogador usa fantasia para vídeo que simula bastidores de propaganda recente de um refrigerante


Reprodução/You Tube
Ronaldo com a fantasia de dinossauro

Aos 32 anos, Ronaldo encarnou o papel de dinossauro do futebol. Literalmente. É com essa fantasia que o jogador do Corinthians aparece vestido em um vídeo divulgado pelo refrigerante que o patrocina.

Clique aqui para assistir ao vídeo do dinossauro Ronaldo

O vídeo simula os bastidores de um comercial recente do refrigerante, em que um dinossauro pisa o gramado de um estádio. As filmagens terminam, e o tal dinossauro começa a fazer embaixadinha com duas latas. No fim, tira a máscara e revela a sua identidade, despedindo-se da equipe de filmagem, ainda vestido com a fantasia.

Bernardinho poupa Giba, Rivaldo e Lucão para escalar Thiago Alves, Vissoto e Sidão na segunda partida vencida pela seleção na cidade de Lodz

Agência/EFE
Vissoto e Sidão: mudanças na seleção

Mesmo com o time titular modificado - Giba, Rivaldo e Lucão foram poupados -, o Brasil segue como o último invicto da Liga Mundial de Vôlei. Assim como na partida deste sábado, a equipe do técnico Bernardinho venceu a Polônia por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/21 e 25/20, na cidade polonesa de Lodz.

Com Thiago Alves, Leandro Vissoto e Sidão em quadra, a seleção começou atrás no placar nos três sets, mas, ao longo das parciais, o time se recuperou e acabou conquistando sua sexta vitória na Liga Mundial sem grandes dificuldades.

Nos dois primeiros sets, a equipe polonesa chegou à primeira parada técnica em vantagem, mas não conseguiu manter a diferença para a equipe liderada por Vissoto, maior pontuador da partida com 16 pontos, sendo 14 de ataque e dois marcados em bloqueios.

Já a segunda parcial foi mais equilibrada. Bernardinho precisou pedir tempo duas vezes, no momento em que a Polônia liderava por 12 a 9, e quando os brasileiros deixaram os adversários encostarem no placar, que chegou a ficar 22 a 21. Depois da segunda parada, o Brasil fez os três pontos seguintes e fechou o set em 25 a 21.

No último set, a seleção começou desatenta e permitiu que a Polônia abrisse 4 a 0, obrigando Bernardinho a parar o jogo logo no começo. A reação veio rápido. Já no primeiro tempo técnico, o Brasil liderava por 8 a 7 e, a partir de então, não ficou mais em desvantagem no placar para fechar a partida em 25/20.

Agora, a equipe brasileira viaja para a Finlândia, onde enfrenta a seleção local no próximo fim de semana na cidade de Tampere.

Treinador vai comandar o o Bunyodkor até o fim de 2010


Agência/AP
O técnico Luiz Felipe Scolari recebe flores e faz sinal de positivo em sua chegada a Tashkent, capital do Uzbequistão. O brasileiro vai comandar o Bunyodkor até o fim de 2010.


Agência/AP
Felipão foi recebido com festa por dezenas de torcedores do Bunyodkor

Alemão Schneider anuncia aposentadoria

Problema nas costas faz meia, de 35 anos, deixar o futebol profissional


Agência/Getty Images
Schneider fez 81 jogos pela seleção alemã

O meia Schneider, da seleção da Alemanha e do Bayer Leverkusen, anunciou na noite de sexta-feira que deixou o futebol profissional. O jogador, de 35 anos, estava inativo desde abril de 2008, quando sofreu uma grave lesão nas costas.

- Desde essa lesão, tive problemas com minha saúde. Minha decisão é baseada no que os médicos me aconselharam. Tenho responsabilidades com a minha família e por isso segui o que me foi aconselhado - disse Schneider, que fez 81 jogos pela seleção da Alemanha.

Jogador do Bayer Leverkusen desde 1999, Schneider terá uma partida de despedida organizada pelo clube em data ainda a ser definida.

Atacante trocou Real Madrid pelo clube português. Contrato é de três anos


Agência/EFE
Saviola chega a Lisboa

O atacante Javier Saviola se disse feliz por conta do acerto com o Benfica. O jogador, que teve poucas chances na temporada passada, na qual defendeu o Real Madrid, acertou contrato de três temporadas com o clube encarnado. Ele espera ter mais regularidade a partir de agora.

- Quero me sentir útil e importante de novo. Sinto que tenho a confiança da comissão técnica, o que é um bom ponto de partida. Estou com muita vontade de jogar, de mostrar meu futebol - disse Saviola ao jornal "A Bola".

O jogador disse ainda que espera voltar a ser convocado para a seleção da Argentina e que aceitou uma redução salarial para acertar com o Benfica.

Filipe Luís vale mais que os € 8 milhões oferecidos, diz o presidente do clube galego


a/Divulgação
Filipe em ação pelo La Coruña

O Deportivo La Coruña considerou "insuficiente" a proposta apresentada pelo Barcelona para a compra do lateral-esquerdo brasileiro Filipe Luís. O presidente do Deportivo, Augusto César Lendoiro, disse que não concordou com os valores apresentados pelos catalães em um encontro na sexta-feira.

- Juan Figger (representante de Filipe) fez uma proposta, em nome do Barcelona, de € 8 milhões (R$ 21,7 mi), que o Deportivo La Coruña considerou totalmente insuficiente - disse.

O valor é inferior aos 20 milhões de euros da cláusula de rescisão do jogador.

Lendoiro também descartou a inclusão de jogadores do Barça na negociação, e desmentiu que tenha oferecido o lateral ao Real Madrid.

Luís Fabiano entra na mira do Milan

Atacante é uma das opções caso o clube não consiga contratar o bósnio Dzeko, do Wolfsburg


Agência/AFP
Luís Fabiano em ação pela seleção brasileira. Atacante pertence ao Sevilla

O vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, afirmou que o atacante Luís Fabiano, do Sevilla e da seleção brasileira , pode ser uma alternativa, caso o clube italiano não consiga a contratação do bósnio Edin Dzeko junto ao Wolfsburg.

O dirigente explicou que os alemães declararam que o atacante "não está à venda".

- Dzeko expressou sua vontade de vir ao Milan. Nas próximas horas, vamos ver o que acontece - disse Galliani, para quem "Adebayor (do Arsenal) e Luís Fabiano poderiam ser alternativas".

Em relação à permanência do atacante Alexandre Pato, o cartola declarou que o contrato do brasileiro "seguramente será renovado". Além disso, Galliani garantiu que o clube não recebeu nenhuma proposta pelo meia Andrea Pirlo - que estaria na mira do Chelsea.

O dirigente também explicou que o Milan já superou seus problemas financeiros e não está à venda, acabando com rumores sobre uma eventual compra do clube pela família do emir de Dubai.

- Fico feliz que o filho do emir de Dubai seja um torcedor do Milan, mas não estamos vendendo nem participações minoritárias nem o pacote majoritário de ações para o controle da sociedade - explicou.

Ex-são-paulino Lugano perto do Roma

Contrato do uruguaio está para terminar com o Fenerbahçe, da Turquia


Agência/AP
Lugano se envolveu em uma confusão no clássico contra o Galatasaray, pelo Fenerbahçe

O ex-zagueiro do São Paulo, Diego Lugano, está próximo de acertar sua ida para o futebol italiano, segundo o diário "La Gazzetta dello Sport". Com seu contrato junto ao Fenerbahçe próximo de terminar (dia 1 de julho), o uruguaio pode realizar um grande desejo, como afirmou em entrevista ao jornal.

- Eu quero jogar na Europa, principalmente no Campeonato Italiano, que é meu maior desejo. Meu contrato com o Fenerbahçe está perto do fim, e agora estudo algumas propostas. Entre elas, sim, está o Roma – disse.

Apesar de não comentar a possível vinda de Lugano, o treinador do Roma, Luciano Spalletti, defendeu a atual diretoria do clube, mesmo ainda não tendo fechado com novos reforços para a próxima temporada.

- Não tenho que opinar nos méritos da diretoria, sou apenas o treinador. Os dirigentes estão trabalhando para isso de uma forma correta, que cumpra com as nossas necessidades. Nós temos o nosso papel e nossas obrigações, e sabemos aquilo que podemos e devemos fazer – declarou.

Campeão da Copa América em 2007, treinador comanda o Brasil contra os Estados Unidos na final da Copa das Confederações neste domingo


Alguns já são diamantes lapidados, que valem milhões de dólares. Outros são joias descobertas recentemente, na África do Sul, e prontas para garantir um lugar na Copa do Mundo. A cerca de 100 quilômetros do local onde foi encontrado o maior diamante da história, a seleção brasileira enfrenta os Estados Unidos na decisão da Copa das Confederações neste domingo, às 15h30m (de Brasília). No estádio Ellis Park, em Joanesburgo, Dunga corre atrás do segundo título no cargo. O momento ideal para o técnico, campeão da Copa América em 2007, mostrar que o trabalho de garimpo de jogadores está no caminho certo para 2010.

Terceiro reserva em 2006, Julio César é unanimidade no gol. Na lateral direita, dois gigantes brigam pela vaga de titular: Maicon e Daniel Alves. Miranda firmou-se como reserva na defesa, liderada pelos experientes Lúcio e Juan. André Santos e Kleber surgiram como principais opções na esquerda, ainda órfã de Roberto Carlos. No meio, Felipe Melo e Ramires deixaram as desconfianças de lado e viraram pontos de referência. Entre os atacantes, Luís Fabiano assumiu a camisa 9 e Alexandre Pato é a joia a ser lapidada para 2014. Kaká e Robinho são os diamantes mais valiosos.

Thiago Dias/GLOBOESPORTE.COM
Mina de Cullinan, na África do Sul, onde foi encontrado o maior diamante do mundo

A África do Sul é o terceiro maior produtor de diamantes caros, atrás de Botswana e Rússia (a Austrália é a maior em quantidade, mas não em valor). A maior pedra do mundo foi encontrada em 1905 no país, em Cullinan, pesando 621,2 gramas. A extração das pedras preciosas lembra o futebol. Ainda crianças, os jogadores são observados e os que têm valor (talento) vão sendo aprimorados

- A primeira coisa a ser feita ao achar um diamante é saber se ele tem valor. A pedra é vendida antes de ser polida. Os grandes diamantes são cortados e vemos dentro dele se há valor ou não. Às vezes, ele é grande, mas tem pouco valor – disse a guia Fran Bresler, que há nove anos mostra a mina Cullinan, sobre os diamantes, como se falasse sobre jogadores.

A mina Cullinan é a mais antiga em atividade no planeta, fundada em 1903. Possui 70 quilômetros de túneis, produz três milhões de toneladas por ano e tem 450 metros de profundidade. Porém, a maior pedra estava apenas nove metros dentro da terra: o Diamante Cullinan, que foi cortado em nove joias grandes e 96 pequenos brilhantes, pertencentes à família real britânica. Algumas estão na coroa da rainha Elizabeth II. O garimpo de Dunga começa bem antes:

- Quando está na barriga da mãe, o brasileiro já começa a chutar. Quando anda, chuta lata, pedra, qualquer coisa – brincou o treinador, que sabe que os 23 da Copa das Confederações largaram na frente para o Mundial.

- Não temos muito tempo para jogos, experiências. Temos que estar preparados psicologicamente. O jogador tem que observar o jogo como profissional, não como torcedor. Saber onde se inserem bem as suas características. Fazer a diferença quando entrar em campo. Todo jogador que entra está fazendo a diferença – lembrou o capitão do tetra, que sempre diz que não há titulares e reservas na sua equipe.

Agência/AP
Último treino do Brasil antes da final contra os EUA: lapidação para o Mundial de 2010


Os diamantes eram raros até serem descobertos na África do Sul no século XIX. No ano passado, na mesma mina Cullinan, foi encontrado o diamante azul mais valioso do mundo, com 7,03 quilates. É menor do que uma moeda de um centavo. Em março deste ano, a pedra foi leiloada em Genebra, na Suíça, por cerca de US$ 9,5 milhões (cerca de R$ 19 milhões). Atualmente, a joia mais cara vendida na loja da mina custa US$ 50.634 (R$ 102 mil).

O futebol brasileiro também não para de produzir preciosidades. Ramires foi a última descoberta na seleção. Vendido por US$ 7,5 milhões (R$ 15 milhões) pelo Cruzeiro ao Benfica antes da Copa das Confederações, o meia já está bem mais valorizado com o bom desempenho no torneio.

Agência/Reuters
Júlio César e Robinho: diamantes valiosos

- Não sei o meu valor agora (risos). Isso não é comigo - disse o jogador.

Cerca de 30 toneladas de diamantes são extraídas anualmente no planeta. A maior parte vai para as indústrias, e não para joalherias. Por causa de seu grau de dureza, as pedras são usados para cortar ferro e aço, serrar pedras, polir, moer e raspar diversos tipos de instrumentos. O diamante utilizado pelas indústrias, lógico, é o de menor valor comercial. Custa em média US$ 4 (R$ 8) o quilate, contra US$ 1 mil (R$ 2 mil) dos usados para as joias.

Autor de três gols na Copa das Confederações, Luís Fabiano se valorizou. O Sevilla, com quem tem contrato por mais dois anos, preferiu não fazer leilão e estipulou os direitos federativos do atacante em 30 milhões de euros (R$ 81,3 milhões). O atacante está empatado com os espanhóis Fernando Torres e David Villa na briga pela Chuteira de Ouro, prêmio dado pela Fifa ao artilheiro da competição. Após um período de desconfiança na seleção, o Fabuloso é o dono da camisa 9.

- Antes, não tive oportunidade. Quem estava aqui era o Ronaldo, era difícil jogar. Ele vivia um bom momento, fazendo gols, era o melhor do mundo. Agora tenho oportunidade, sequência, estou mais maduro e vivo fase excelente na Espanha. Tudo isso influencia no trabalho dentro de campo. Mas o fator principal é ter oportunidade, sequência. Estou tranquilo, tenho a confiança do treinador e isso é o mais importante – disse o atacante.

Os Estados Unidos são um rival conhecido. Na primeira fase, o Brasil venceu por 3 a 0, sem problemas. Foi nesse jogo que Ramires, Maicon e André Santos ganharam a vaga de titulares, depois de Elano, Daniel Alves e Kleber terem atuado na estreia contra o Egito (4 a 3).

- Venho aproveitando cada dia, cada treino, cada momento. Sempre agradeço ao Dunga pela confiança. Meu objetivo era brigar por uma oportunidade, sei que há jogadores qualificados, mas desde que cheguei lutei por isso. Não posso fizer que já carimbei o passaporte para a Copa. É o sonho de cada um, o meu também – afirmou André Santos.

Se for campeão, o Brasil passará a ser o maior vencedor da Copa das Confederações com três títulos (1997, 2005 e 2009), deixando para trás a França, que tem dois. Nos EUA, o único desfalque deve ser o meia Michael Bradley, filho do técnico Bob Bradley, expulso na semifinal contra a Espanha. Depois de duas derrotas no início da Copa das Confederações, para Itália e Brasil, os americanos tiveram grande recuperação no torneio e esperam fechar sua participação ganhando o maior título da história do futebol no país.

- Para nós é um dia muito especial. É nossa primeira final de um torneio mundial e enfrentar o Brasil também é importante, por toda a história do futebol brasileiro. Nossa chegada não foi por acaso, este é o resultado do esforço de muitas pessoas que colocaram o coração para o desenvolvimento do futebol nos Estados Unidos. Ganhar a Copa das Confederações será mais um passo importante nesta nossa caminhada - afirmou o técnico Bob Bradley.

Estados Unidos Brasil
Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e DeMerit; Feilhaber (Kljstean ou Beasley), Clark, Dempsey e Donovan; Davies e Altidore. Julio César, Maicon, Lúcio, Luisão, André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires, Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Técnico: Técnico: Bob Bradley. Técnico: Dunga.
Estádio: Ellis Park, em Joanesburgo. Data: 28/06/2009. Horário: 15h30m. Árbitro: Martin Hansson (SUE). Auxiliares: Henrik Andren (SUE) e Fredrik Nilsson (SUE).
Transmissão: A TV Globo e o SporTV exibem a partida ao vivo.
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 14h30m (de Brasília).

Em entrevista, técnico comenta também sobre Dunga, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Kaká, Cristiano Ronaldo e sobre seu futuro


Agência/EFE
Felipão sorri ao dar entrevista. Ele não pensa na possibilidade de dirigir o Brasil em 2014

O técnico Luis Felipe Scolari, atualmente à frente do Bunyodkor, do Uzbequistão, abriu o verbo em entrevista ao Colunista de “O Globo”, Renato Maurício Prado. Felipão analisou o trabalho de Dunga na seleção brasileira e lembrou de alguns casos de quando ele era o comandante do Brasil. Ele revelou, por exemplo, como solucionou o problema de relacionamento entre Ronaldo e Rivaldo na Copa de 2002. Clique aqui para conferir a entrevista (fechado para assinantes).

Scolari comentou também sobre Ronaldinho Gaúcho, a nova parceria de Kaká e Cristiano Ronaldo no Real Madrid, e, claro, sobre Romário. O treinador deu mais detalhes sobre sua decisão de não levar o Baixinho para o Mundial.

O técnico disse que pretende voltar ao Brasil daqui a um ano e meio e comandar alguma equipe por mais dois anos. Ele já adiantou que não tem a menor chance de assumir o comando da seleção na Copa do Mundo de 2014.

- Deus me livre! Estou fora.

Dunga

- Acho que o Dunga está indo muito bem. Começou um pouco inseguro, o que é natural, pois não tinha experiência. Mas foi se firmando e acredito que possa fazer uma boa Copa. O seu momento mais difícil foi às vésperas daquele amistoso do fim do ano, contra Portugal. Curiosamente, aquela goleada de seis marcou o início da arrancada do Dunga para cima e a do Carlos Queiroz (técnico de Portugal) para baixo.

Importância de Jorginho na seleção


- Há uma peça fundamental para o sucesso do trabalho do Dunga: o Jorginho. E nem é tanto pelo fato de já ter sido técnico, mas por conseguir dar ao Dunga um equilíbrio que dificilmente ele teria caso estivesse sozinho ou com outro assessor que não fosse tão próximo e calmo. Se não houvesse o Jorginho, o Dunga, com certeza, já teria explodido e mandado tudo e todos para o inferno.

Ronaldinho Gaúcho

- Não sei se Ronaldinho Gaúcho vai voltar à seleção. Para mim, antes de mais nada, ele precisava perder quatro quilos, voltar a treinar e jogar com a vontade e a gana que na seleção, antes e durante a Copa de 2002 e nos seus primeiros anos de Barcelona. Com a saída do Kaká, ele tem uma boa oportunidade de mostrar que é capaz de liderar o Milan. Mas precisa emagrecer e recuperar o tesão pela bola.

Ronaldo x Rivaldo

- Quem foi o jogador mais importante da Copa de 2002? Rivaldo, disparado! O Ronaldo foi espetacular, fez gols decisivos e tudo mais, mas o cara que desequilibrou foi o Rivaldo. Eles tinham uma briguinha particular naquela seleção.


'Briguinha' entre os dois na Copa de 2002

- Um queria sempre fazer mais gols do que o outro. Por isso, muitas vezes não passavam a bola, mesmo quando esta era a melhor opção para o time. Um dia, perdi a paciência, chamei os dois, tranquei no vestiário e disse: "Ou vocês acabam de vez com essa frescura, ou vai jogar um só. E eu ainda não decidi quem será". Falei e fui me embora. Deixei os dois trancados lá. Aí o Rivaldo virou-se para o Ronaldo e disse: "Olha, é melhor a gente se ajeitar mesmo. Esse cara é maluco e é capaz mesmo de barrar um de nós dois". E acabou de vez aquela bobajada.

Fenômeno no Corinthians

- Ronaldo é fora de série. Mesmo estando uns sete ou oito quilos acima do peso com que jogou a Copa de 2002, ele ainda faz a diferença na hora da verdade. Os gols que marcou na final do Paulista foram típicos de um extra-classe. E, no primeiro jogo das finais da Copa do Brasil, contra o Inter, fez a mesma coisa. Se ele perder uns quatro quilos, nem tem o que discutir. Tem que ser convocado e jogar a Copa. Ele é o tipo de cara que só de olhar, o adversário já treme.

Romário


- Romário também era um cara assim. Só não o levei na Copa de 2002 porque ele traiu a minha confiança. Foi depois da Copa América em que perdemos até do Panamá ou de Honduras, não me lembro, e eu estava por um fio. Eu e o time precisávamos do apoio naquela hora e aí surgiu a história da tal operação no olho. Num primeiro momento, me conformei, afinal, tratava-se de um problema de saúde. Mas, depois, o que eu soube? Que ele não ficou de repouso coisa nenhuma: foi fazer amistosos com o Vasco para ganhar uma grande em dólares. Aí, perdi a confiança nele e ele perdeu a Copa.

Possível interferência de Ricardo Teixeira

- O presidente Ricardo Teixeira nunca me pediu para convocar o Romário. Disse: "A decisão é sua. O que você decidir, está decido. Vou te apoiar, mas se você perder a Copa, vai ter que explicar para a torcida". E eu banquei a não convocação. Depois dessa conversa, teve um momento que eu cheguei a balançar. Foi quando ele foi para a TV chorar de dizer que queria disputar o último Mundial. Eu já estava emocionado e quase voltando atrás, quando entrou em cena o Eurico Mirando falando um monte de barbaridades, me xingando disso e daquilo e fazendo ameaças. Aí percebi que era tudo um circo armado para me pressionar e desisti, definitivamente, de levar o Romário.

Kaká e Cristiano Ronaldo

- Kaká é um jogador raro em todos os sentidos. Pelo que faz em campo e fora dele. É uma joia rara esse rapaz. Com toda fama e dinheiro que já ganhou, continua a se entregar em campo como se fosse um juvenil. Tenho certeza de que ele e o Cristiano Ronaldo vão se dar bem juntos. O Cristiano não tem nada a ver com aquela imagem de marrento que todos têm dele. Aposto que ambos serão grandes amigos. O problema do Real Madrid é o Raúl. Ele já é um veterano e continua a ser o "dono do vestiário". E ai de quem ele não gosta. Inclusive o técnico.

Problemas no Chelsea

- Os verdadeiros donos do futebol hoje em dia são os jogadores. O técnico, na maioria dos clubes europeus, não tem força para contrariá-los. Quem os clubes vão preferir mandar embora? Claro que os demitidos são sempre os técnicos. Os principais jogadores já perceberam isso. Esse foi meu problema no Chelsea. O Drogba, o Ballack e o Cech não aceitavam os meus métodos de treinamentos nem minhas exigências.

Saída após o título de 2002

- Não tinha decidido sair da seleção. Se a CBF tivesse aceitado as minhas sugestões, teria ficado. Eu queria mais ingerência nas seleções de base. Queria que os meus auxiliares acompanhassem os treinos e torneios para que pudessem me avisar do potencial que a garotada tinha para substituir os campeões do mundo, que eu já sabia que não teriam como chegar bem em 2006. Eu queria dirigir o time olímpico em Atenas, mas o Ricardo foi contra alegando que já tivera problemas com isso antes, com o Vanderlei. Aí perguntei para o Ricardo: "Se você fosse eu, ficaria ou aceitaria?". E ele disse: "Eu sairia". Foi o que eu fiz. Mas saí numa boa, sem ressentimentos.

Porque não voltou para seleção brasileira

- No dia da final da Copa de 2006, o Ricardo Teixeira me ligou querendo conversar sobre a minha volta. Marquei um encontro em Barcelona, mas, quando falei com a minha família, todos foram contra. Para não brigar, liguei para o Ricardo desmarcando e abrindo mão do convite. E ele foi atrás do Dunga.

Copa no Brasil em 2014

- Treinar o Brasil em 2014? Deus me livre! Essa vai ser a pior Copa para qualquer treinador brasileiro. Ninguém vai aceitar outro resultado que não seja o título. Ninguém admite passar outra vez por uma frustração como a de 1950. Pobre técnico...tô fora!

Uzbequistão


- Meu contrato é de um ano e meio, mas a cada seis meses vamos sentar e discutir. E tanto da parte deles como da minha, podemos decidir não continuar. Estão querendo que eu assuma a seleção, mas isso não está certo. O Rivaldo, que é o craque do nosso time, me garantiu que dá para fazer um trabalho legal, pois conhece o time sub-20 do país e me disse que há vários garotos bens de bola, com futuro.

Planos para o futuro

- Vou voltar dentro de um ano e meio. Aí trabalho mais uns dois como técnico e chega! Mudo de função ou me aposento. Chega de discutir com bandeirinha à beira do campo. O Palmeiras queria que eu assinasse um pré-contrato para quando eu voltar. Agradeci, mas não aceitei. Quando voltar, quero estar livre para decidir o que for melhor na ocasião. Houve um dirigente do São Paulo que ligou para o meu empresário querendo o meu telefone.

Os técnicos brasileiros

- Dos novos, gosto muito do Mano Menezes. Vejo futuro no Vagner Mancini e no Dorival Júnior. Mas estes precisam de uns três anos de bons trabalhos para se firmar entre os maiores, como o Vanderlei, Muricy, Autuori...

Vanderlei Luxemburgo
- Técnica e taticamente, o Vanderlei é o melhor. Mas costuma misturar muito as coisas dentro de fora de campo. Eu não consigo engolir essa de história de treinador querer ganhar comissão em cima de atletas que ele revelou ou indicou e que depois foram vendidos. Dá margem a milhares de insinuações. Nunca fiz, nem faria. Se ele se concentrasse no que é melhor, teria ainda mais sucesso. Mas essa é apenas a minha opinião. Ele é maior de idade, bem-sucedido, faz o que quiser.

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