Time sai da lanterna com vitória de 1 a 0 na Ilha do Retiro. Rafael Santos marca o gol do Furacão no segundo tempo

Estado
Rafael Moura volta para marcar Fumagalli: Furacão raçudo até o fim

No duelo rubro-negro com várias estreias, o Atlético-PR surpreendeu e levou a melhor ao bater o Sport por 1 a 0, neste sábado, na Ilha do Retiro, em partida válida pela sexta rodada da Série A do Brasileirão. O gol marcado pelo zagueiro Rafael Santos, aos 29 minutos do segundo tempo, tirou o Furacão momentaneamente da lanterna da competição e o fez pular para o décimo sétimo lugar, ainda na zona de rebaixamento, com quatro pontos ganhos.


Se o técnico Leão fazia a reestreia no comando do Sport à beira do gramado - na vitória por 4 a 2 sobre o Fla, ainda suspenso, comandou o time da tribuna de honra -, começou, e bem, a era Waldemar Lemos no Atlético-PR, O novo treinador do Furacão teve a companhia de Paulo Baier, que defendia o Sport e debutou no Rubro-Negro paranaense com a camisa 10 justamente contra o ex-clube e debaixo de vaias da torcida anfitriã. Mas saiu de campo com a primeira vitória do time neste Brasileirão.

Na sétima rodada, o Sport, que se mantém com cinco pontos ganhos mas caiu para o décimo sexto lugar, vai a São Paulo no próximo sábado encarar o Santo André, enquanto o Atlético Paranaense recebe no mesmo dia, na Arena da Baixada, o Palmeiras.


Confira a classificação da Série A do Brasileirão



Leão perde dois gols


Sem Dutra, suspenso, e Igor, machucado, o técnico Leão, de volta ao comando na beira do campo, escalou Bruno Teles na zaga e Hamilton na cabeça-de-área do Sport, mantendo o 4-4-2 que deu certo contra o Flamengo. Embalado pelas estreias de Paulo Baier no meio-campo e de Waldemar Lemos no comando do time, o Atlético-PR, desfalcado de Rafael Miranda, machucado, e Marcinho, suspenso, bem que tentou se lançar ao ataque nos primeiros minutos em plena Ilha do Retiro.

Mas logo num de seus primeiros lances na partida, Paulo Baier, muito vaiado pela torcida do Sport, levou cartão amarelo e, na falta cometida, gerou ataque rápido quase fatal do Leão. Após passe na medida de Luciano Henrique na sequência do lance, o petardo de Ciro explodiu o travessão aos nove minutos.


No minuto seguinte, o atacante camisa 11, motivado pela convocação para a seleção sub-20, escapou pela direita e serviu Fumagalli, que, livre, desperdiçou para fora a segunda boa chance.

Furacão esfria o jogo


Parecia um recado do Leão: nos seus domínios, era ele que dominava. Mas o Furacão e Paulo Baier se acalmaram e botaram a bola no chão. Esfriaram o ímpeto do adversário, e de lambuja o time por pouco abriu o placar. Paulo Baier cobrou um escanteio com veneno aos 23 minutos, Magrão espalmou para trás, e a bola só não entrou porque Bruno Teles salvou de cabeça, quase na linha.

O Furacão, principalmente com Valencia, Raul e Paulo Baier, procurava tocar a bola para conter o ímpeto do Sport. A tática deu certo. O Leão não foi de longe aquele que marcou quatro gols no Flamengo em oito minutos. Muito menos o atacante Weldon, autor de três domingo passado, na vitória por 4 a 2. Neste sábado, só foi notado em campo aos 33 minutos, quando passou entre Márcio Azevedo e Rafael Santos e centrou na direita para Ciro, sem sucesso.


Na beira do gramado, o técnico Leão procurava incentivar o time, com dificuldades de sair da boa marcação do Atlético-PR - Fumagalli e Luciano Henrique pouco criavam. A torcida, já impaciente, ainda levou um susto aos 44, quando o goleiro Magrão saiu mal para cortar centro de Raul, mas a bola foi para fora. E ainda que o Leão tentasse algo nos acréscimos, no primeiro tempo não mudou o placar.

Entra Vandinho


- Num jogo duro assim, com muita marcação, não podemos perder as poucas oportunidades que surgem - resumiu em tom profético o goleiro Magrão.

O Sport voltou com mudança para o segundo tempo. Leão sacou Weldon para pôr Vandinho no ataque. A intenção era conseguir com velocidade furar o forte bloqueio defensivo do Furacão. O time, no entanto, sentia falta dos bons apoios de Dutra pelo lado esquerdo. O jeito, então, era forçar pelo lado direito. Aos 10 minutos, Moacir trocou passes com Sandro Goiano e bateu cruzado de direita, mas a bola saiu prensada na defesa aleticana.


A chuva ficou mais forte na Ilha do Retiro. E como estava difícil entrar na defesa paranaense, a melhor saída era bater de fora da área para surpreender o goleiro. Foi isso que Luciano Henrique fez aos 16 minutos, em boa jogada pela meia-direita. O tiro passou rente, à esquerda de Magrão.

Gol do Furacão


Depois do trauma da goleada de 4 a 0 sofrida para o Atlético-MG na última rodada - que causou a saída do técnico Geninho -, o Furacão preferiu não arriscar. Só ia na boa para o ataque. Aos 20, bem que Márcio Azevedo avançou pela esquerda e bateu com violência, assustando Magrão.

Com o time mais cansado e com medo de suspensões futuras, Waldemar Lemos mexeu no Furacão, trocando os pendurados Raul e Paulo Baier por Zé Antônio e Wesley. Como a bola parada de Paulo Baier não surtiu efeito em sua estreia, deu certo com a cobrança de escanteio de Wesley. Ele bateu bem na medida para Rafael Santos subir mais que a zaga do Leão e cabecear para as redes, aos 29 minutos, numa bola que o goleiro Magrão poderia ter defendido.


Após o gol do Furacão, os treinadores fizeram de imediato mexidas táticas. Para segurar o resultado, Waldemar Lemos trocou o atacante Patrick por Fransérgio, para melhorar a marcação da defesa. E Leão sacou Bruno Teles para pôr mais um atacante, Guto. Mas o único jeito era bater de fora da área. Como fez Moacir, que mandou um balaço espalmado por Vinícius aos 37. Depois disso, o Sport nada mais conseguiu. Bom para o Furacão, que inicia sua luta de redenção.